A eletroestimulação é muitas vezes empregada na reabilitação pós paralisia facial. O tratamento dá a impressão de que o músculo ainda funciona e, nos casos que vai ocorrer a reinervação, o estímulo elétrico pode favorecer um fenômeno chamado de brotamento axonal. Não há como controlar esse fenômeno, mesmo quando o profissional diz que tem um ”tratamento bem feito” ou com ”doses baixas” ou que essa profissional disse que ”nunca aconteceu complicação”.
Esse tratamento é muito usado para a musculatura esquelética de membros e tronco, mas para face as consequências podem trazer sequelas mais graves e de difícil tratamento.
A Sincinesia é uma sequela que acontece nos casos com lesão importante do nervo facial. A eletroestimulação pode piorá-la pelo brotamento axonal, favorecendo o aparecimento de sincinesias graves com movimentos em massa da face e contraturas.
Deixo aqui a referência do artigo de revisão que avaliou os os principais protocolos internacionais disponíveis para o tratamento da paralisia de Bell. Os protocolos são da Academia Americana de Neurologia e de Otorrinolaringologia, além do Canadense. Além disso, esse trabalho avaliou as ultimas publicações mais recentes relacionadas ao tratamento da paralisia facial de Bell.
A Eletroestimulação NÃO É RECOMENDADA em nenhum dos protocolos internacionais. O link do artigo: https://doi.org/10.3346/jkms.2020.35.e245
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